Conflito entre Hamas e Israel entra no terceiro dia
O conflito entre Israel e o grupo extremista armado Hamas é um teste para o governo Lula. No comando do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil tem a oportunidade de tentar retomar a importância da organização na busca da solução para o conflito na região.
Neste domingo (8), o Brasil já convocou uma reunião de emergência do conselho, mas outras devem acontecer para tentar tirar uma posição sobre os combates no Oriente Médio.
Nos últimos conflitos mundo afora, a ONU não tem conseguido ser um instrumento de solução de embates, engolida pelas divisões políticas de seus membros.
O presidente Lula defende uma reformulação no Conselho de Segurança, exatamente para mudar essa realidade e tornar novamente a organização efetiva e dentro dos princípios em que foi criada.
Do lado brasileiro, a posição da nossa diplomacia é que o ataque terrorista patrocinado pelo Hamas é inadmissível. Por outro, uma reação israelense que também venha a fazer vítimas civis, como fez o Hamas, deve ser condenada pela comunidade internacional.
É hora de insolar o Hamas e dar forças a lideranças palestinas que defendem a paz. E avançar na defesa da criação de um Estado Palestino que venha a aceitar a existência do Estado de Israel.
Impacto econômico
Do ponto de vista econômico, uma segunda guerra no mundo é mais um fator de instabilidade, o que preocupa o governo brasileiro.
Não bastasse o longo combate da Rússia na Ucrânia, agora o risco de um conflito de longa duração entre Israel e Hamas traz mais preocupação para a equipe econômica de Lula, em um cenário internacional cada vez mais adverso.
O temor é de um conflito que acabe envolvendo mais países na região do Oriente Médio, como Irã e Arábia Saudita, atingindo economias que podem criar mais instabilidade no mundo, principalmente de produtoras de petróleo.
Um conflito na região pode ser um novo ponto de crise envolvendo o mercado de petróleo, que já estava em alta depois do início dos ataques do Hamas a Israel.